O Laboratório de Química no Museu Virtual da Educação: os
materiais- I
No laboratório de química são utilizados vários tipos de
materiais com funções e propriedades bastante diferentes. É o caso do vidro.
Um dos equipamentos mais comuns é o balão de vidro, de fundo
chato ou redondo.
O balão de fundo chato utiliza-se para a dissolução de substâncias através da agitação das mesmas
para formar soluções. Pode ser aquecido e no seu interior realizam-se reações
diversas com desprendimento de gases.
O balão de fundo redondo tem
formato esférico, com um gargalo na extremidade superior para enchimento e
ligação a outras peças de equipamento laboratorial. É mais utilizado para
processos de destilação, servindo de recipiente para o aquecimento energético
do fluido até este entrar em ebulição
As pipetas e tubos de ensaio são igualmente
materiais comuns no âmbito laboratorial para testar reações com pequenas
quantidades de reagentes ou para transferir líquidos de um recipiente para
outro.
O copo graduado ou balão volumétrico, possui uma
medida exata de volume e é utilizado para diluir ou preparar soluções com
bastante rigor
Também a proveta,
ou cilindro graduado faz parte deste material de laboratório, servindo para
medir e transferir líquidos, sem muita precisão. A par deste tipo de
recipientes podem referir-se tubos de carga, pipetas volumétricas e pipetas
regulares.
O excicador é utilizado
nos laboratórios de química para levar o P2OP5 ou sulfato de cobre anidro a
secar na atmosfera interior do recipiente. Neste caso é apresentado um
excicador em vidro que no seu interior deverá comportar uma placa cerâmica ou
metálica circular com orifícios, apoiada no rebordo interior do recipiente que
permite assentar copos ou frascos com substâncias a proteger da humidade. A
tampa é esmerilada.
O funil de vidro (Fig. 7),
que serve para transferência de líquidos de um recipiente para outro, também
pode ser usado para filtração simples, retendo as partículas solidas, através
de um filtro no seu interior. Encontra-se num suporte de madeira constituído
por uma haste incrustada numa base, tendo esta haste uma argola onde é colocado
o funil.
A retorta é um vaso
de vidro com gargalo estreito e curvo para destilação, com uma rolha de vidro
esmerilada. Pode ter diferentes tamanhos, para uma boa recuperação do
destilado. Em utilização, a retorta deve estar hermeticamente fechada. O
gargalo funciona como condensador dos vapores produzidos no aquecimento, que
serão recolhidos num vaso coletor na sua extremidade.
A par deste tipo de materiais existem vários recipientes em
vidro destinados a conter substâncias químicas de delicado manuseamento,
utilizadas na realização de experiências
São geralmente frascos cilíndricos, de diversos tamanhos onde
se acondicionam os reagentes.
Os óculos de proteção fazem parte do equipamento de segurança de um laboratório, para proteger a
visão enquanto se trabalha com químicos reagentes suscetíveis de causar danos
aos utilizadores.
Para além dos equipamentos
de utilização diária também existem alguns instrumentos científicos elaborados
em vidro. É o caso do aparelho de Kipp usado no laboratório de
química para a produção de pequenas quantidades de gases, tais como o dióxido
de carbono e o sulfureto de hidrogénio. Consiste em duas peças de vidro. A peça
superior tem a forma de pera com uma larga abertura esmerilada na parte
superior, acabando sob a forma de um tubo cilíndrico, que entra na parte
superior da outra peça de vidro. Esta ultima, tem duas formas esféricas unidas
por uma garganta, sendo uma mais larga do que a outra. A peça tem ainda duas
tubuladuras, estando uma delas tapada com uma rolha de vidro. Estas tubuladuras
servem para regular o desprendimento de gases.
Bibliografia:
Museu Virtual da
Educação (2014) [em linha].
[Consulta: 19 de agosto de 2014]
Museu da Física da
Escola Secundária Alexandre Herculano (2014) [em linha].
[Consulta: 26 de agosto de 2014]
Baú da Física e
Química. Instrumentos antigos de Física e Química de escolas secundárias em
Portugal (2014) [em linha]
[Consulta: 19 de agosto de 2014]
MJS
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