2013/06/12

Peça do mês de Junho



Preparação osteológica do esqueleto de uma rã, acondicionado numa caixa de vidro com base de madeira, utilizado em contexto das práticas pedagógicas de Biologia. Trata-se de um esqueleto ósseo natural de um vertebrado tetrápode, da família Ranideae. Apresenta cabeça achatada, com dentes no maxilar superior e no vómer, grandes órbitas, sem pescoço distinto, tronco curto e membros posteriores muito alongados. A coluna vertebral é constituída por 10 vértebras, a última (urostilo) das quais muito alongada. A omoplata está ligada ao esterno pela clavícula e coracoide; antebraço e perna são formados por um único osso. As três partes do membro posterior têm, aproximadamente, o mesmo comprimento, estão dobradas entre si, constituindo uma mola, que pode distender-se bruscamente, possibilitando o salto e a natação. Está inventariado com o número ME/401109/97 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária de Camões.
A Escola Secundária de Camões foi criada em 1902 como Liceu Nacional de Lisboa e as suas instalações situavam-se no Palácio da Regaleira. Em 1904 passou a ser designado por Liceu Central. Com o aumento de alunos e a necessidade de outro tipo de infraestruturas, a escola foi transferida para o Largo do Matadouro Municipal, tendo-se iniciado as obras em 1908, de acordo com um projeto do Arq. Ventura Terra. Em 1909 foram inauguradas as novas instalações já com a designação de Lyceu de Camões. Em 1974 passou a ser Escola Secundária de Camões.
Esta preparação osteológica distingue-se de outras pela técnica utilizada: para além de ser possível observar toda a composição do esqueleto da rã, estão ainda conservadas algumas das suas membranas. A rã é um anfíbio anuro da família Ranidae, que pode ser encontrado um pouco por todo o mundo, à exceção de zonas áridas ou geladas, preferindo margens de rios ou lagos. A respiração deste tipo de animais é feita fundamentalmente através da pele, embora os adultos possuam pulmões. A sua alimentação é constituída por pequenos insetos e vermes. São uma espécie ovípara, sendo que fêmea põe cerca de 2.000 a 3.000 ovos dos quais sairão os girinos, com cauda e sem patas, passando por um processo de metamorfose que dura cerca de 11 semanas, até se tornarem rãs adultas.


Bibliografia e informação adicional:

Para consultar a história da Escola Secundária de Camões



MJS

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