Traje de cena
Traje de cena, criado por alunos e professores, utilizado na peça de teatro
"Pedro e Inês".
O traje pertence à Escola Secundária Quinta do Marquês, com o número de
inventário ME/ 402606/88
O traje de cena é o tipo de indumentária utilizada nas artes cénicas, dança,
mímica, circo, entre outros. O exemplo apresentado, constituído por um vestido
longo de cor vermelha e um toucado, integra um núcleo notável, variado e rico
de trajes de cena, que tentam reproduzir com exactidão os trajes da época da
personagem a que se destinam
As representações teatrais promovidas por alunos e professores têm sido uma
presença constante nesta escola, como forma de aprofundar e interiorizar os
conhecimentos adquiridos nas aulas. Os temas são variados, consoante os
conteúdos programáticos.
Este
tipo de trajes tem como base o figurino, um desenho a cores ou a preto e
branco, que constitui o modelo da indumentária e que caracteriza a personagem a
que se destina. O traje de cena, “a verdadeira pele do actor”, contém em si
mesmo um pouco da história da arte dramática. Até ao início do século XX era
utilizado como um simples disfarce, com elementos que permitiam identificar as
personagens. A partir de então assume uma verdadeira função cénica e
dinamizadora da peça teatral, influenciado pela moda e pelo design.
Um
dos nomes importantes no traje de cena em Portugal é António Francisco, criador
deste tipo de vestes em finais do século XVIII. Cerca de 1850, com o impulso
criativo de Almeida Garrett, figuras como Manuel Bordalo Pinheiro e Braz
Martins destacam-se no panorama teatral português. Em 1880, a cenografia e o
guarda-roupa ganham um novo fôlego com a criação da Companhia Rosas &
Brasão. Carlos Cohen, Manuel Castelo Branco e Augusto Pina introduzem uma
corrente “naturalista” em que se pretende reproduzir os ambientes de época de
forma tão rigorosa e fiel quanto possível.
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